quinta-feira, 12 de julho de 2012

Felipão Campeão



    Muita gente dizia que já era tempo de Luis Felipe Scolari largar o futebol e ir cuidar dos netos. Só que essas mesmas pessoas se esqueceram de olhar o curriculo de Scolari:
Tetra campeão da Copa do Brasil;
Bi-Campeão da Copa Libertadores e 
CAMPEÃO DO MUNDO.
   Sem conquistar um título de relevancia, desde a Copa de 2002, Scolari chegou sob desconfiança dos cronistas. A torcida acreditava nele em função da última passagem pela Acadêmia. Mas os resultados não apareceram no primeiro momento. Eliminação na semi-final da Copa Sulamericana para o rebaixado Goiás, acenderam a luz de emergência no Palestra. Ano passado se tinha uma expectativa melhor, afinal o DT começaria a temporada. 
   A tão pedida pré-temporada estava ali. O Palmeiras começou muito bem o Campeonato Paulista. Na Copa do Brasil ia bem até encontrar o Coritiba FC. Um 6-0 abalou as estruturas da Acadêmia de futebol. Cabeças rolaram, crise no vestiário, criticas de DT para jogador e de jogador para DT, tudo via imprensa. Mas o pior viria a seguir, um grupo de torcedores agrediu o volante João Victor na porta da Loja Oficial do Palmeiras. Alguns jogadores não quiseram embarcar as vesperas de um jogo pelo campeonato Brasileiro contra o Flamengo, entre eles Kleber. O Gladiador incendiou o vestiario. Felipão resolveu o afastar do elenco. A crise era muito grande, time não correspondia dentro de campo, protestos da torcida e etc... Enfim, Felipão já não tinha mais ambiente pra ficar no Palestra. Mas como bom Gaúcho que é, Felipão não abandonou a barca. 
   Mesmo com alguns dirigentes insatisfeitos, Scolari aguentou firme e não pediu o boné. Pra piorar ainda, Marcos se aposentou no final de 2011. O MAIOR GOLEIRO DA HISTÓRIA do Palmeiras colocava um ponto final na sua vitoriosa carreira. Era um dos homens de confiança de Scolari. Devido as constantes dores, Marcos resolveu por fim sua brilhante passagem na meta Alviverde
Chegou 2012, as expectativas não eram nada boa. Sem grandes reforços, Scolari baseou seu time nas jogadas de bola parada com Marcos Assunção, que com a saída de Marcos, passou a ser o Capitão do Verdão. 
   E nessas jogadas de bola parada, o Palmeiras foi conquistando resultados. Conseguiu a classificação no Campeonato Paulista. Mas já nas quartas-de-final, foi eliminado pelo Guarani. Mais uma vez se cogitou a saída de Felipão, mas ele não pediu arrego.
  Na Copa do Brasil, o Verdão foi avançando nas fases, passou pela primeira e pela segunda sem dificuldades. Chegou as oitavas, passou. Nas Quartas também passou. Chegou as semi, para muitos era o limite para o Palmeiras. Iria enfrentar o Grêmio FBPA. O tricolor gaúcho estava com 100% de aproveitamento. Felipão armou uma estratégia perfeita no  jogo de ida. Anulou as principais peças do Grêmio e no final do jogo conseguiu uma vantagem de 2 gols pro jogo de volta em casa.
  Começava ali ganhar cara de campeão esse time do Palmeiras. No jogo da volta, o Palmeiras conseguiu administrar sua vantagem. Até saiu perdendo mas logo em seguida empatou. Garantiu a vaga na final.
Mesmo sendo o Palmeiras do Felipão, o alviverde chegou como azarão nesta decisão. Diante de um Coritiba que fazia estragos com seus adversários dentro da sua casa, as chances de título do Palmeiras passavam pelo jogo da ida. Jogo que teve o Coritiba melhor os 90 minutos, perdendo chances atrás de chances. O Palmeiras na dele, procurando aquela bola parada do Marcos Assunção. Mas não foi dos pés de Assunção que saiu o gol do Alviverde Imponente. Em um lance polêmico, o árbitro marcou penal para o Palmeiras. Valdívia, de bigode, foi lá e deu a vantagem ao Palmeiras.
  O Coxa seguiu melhor na partida, empilhando chances de gol perdida. Em uma bola de Assunção, aquela que o Palmeiras procurava desde o começo do jogo, o Verdão conseguiu ampliar o placar. 2-0 era uma baita vantagem.
   O Coritiba chegou cheio de expectativa, até pelos desfalques do seu adversário. Sem Valdivia e Barcos, e com meio time baleado, Luan e Maikon Leitte sem condições dos 90, os torcedores do Palmeiras estavam receosos, mas acreditavam num final feliz. A proposta do Palmeiras era quase a mesma do jogo contra o Grêmio, se segurar e especular alguma coisa no ataque. Mas pelo que se viu no primeiro tempo, o Palmeiras foi um time mais presente no campo de ataque. Saiu muito mais pro jogo, do que na partida contra o Grêmio. 
   O Coritiba não conseguiu furar o bloqueio alviverde na primeira etapa. Veio o segundo tempo, e o Coxa partiu pra cima. Tentou o gol que poderia incendiar o jogo. Isso aconteceu quando Airton cobrou uma falta e abriu o placar. O Green Hell, estava formado.
   MAS, o Palmeiras tem MARCOS ASSUNÇÃO e sua bola parada. No ataque seguinte ao gol sofrido, Sandro Meira Ricci (Árbitro) marcou uma falta perigosa pro Palmeiras. Sim, Assunção pegou a bola e foi bater a falta. Tava um tumulto grande dentro área. Mesmo assim ele jogo a bola pra lá. Um leve desvio de Betinho, matou o goleiro Vanderlei. Era o empate, o TÍTULO estava cada vez mais próximo. Aí meu amigo, o Palmeiras fez o que mais sabe, se defendeu. Esperou o final do jogo, e soltou o grito que estava preso. CAMPEÃO.
Felipão mostrava ali, que aqueles que o mandavam cuidar dos seus netos, estavam enganados. Com um time limitadissimo, Scolari levou o Palmeiras ao título. Futebol é momento sim, mas tudo passa pelo planejamento, a palavra do momento. 

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