terça-feira, 26 de novembro de 2013

O desespero dos ameaçados contra rebaixamento


Ligo o computador nessa segunda-feira pra me atualizar das notícias do mundo do futebol e me deparo com uma bem preocupante: Times reúnem-se para rebaixar Ponte Preta, Portuguesa e Criciúma, times pequenos comparando com Coritiba, Vasco e Fluminense.

Segundo algumas publicações, o motivo seria um novo item do regulamento que limita o número de jogadores transferíveis na mesma divisão. Usando o português claro, um clube pode aceitar apenas 5 jogadores da mesma divisão que disputa. No caso de Ponte, Lusa e Criciúma, houve um excedente desse limite e que agora esses três clubes, encabeçados por Coritiba, Vasco e Fluminense estudam entrar com um recurso no STJD para que esses clubes percam alguns pontos.

Curioso é que esses seis times envolvidos brigam contra o rebaixamento, e é claro estão tentando arrumar um jeito de se manter na primeira divisão. Por mais desorganizado que seja o futebol brasileiro, alguém dos registros ou do B.I.D, ou da própria CBF iria notar alguma irregularidade e provavelmente iria avisar aos clubes para não cometer esse erro. A duas rodadas do fim, aparecer que Coxa, Vasco e Flu se juntam para rebaixar três times é um atestado da incompetência de seus dirigentes que não conseguiram montar um bom elenco, contratar um bom técnico e fazer um bom campeonato.

Coritiba começou muito bem o campeonato, mas caiu como todos os outros clubes, exceção ao Cruzeiro. Aquela convicção do começo do campeonato não era a mesma, direção mudou o técnico e rasgou todo o planejamento da temporada. Escolheu um técnico de lampejos e entrou na zona de rebaixamento na pior hora que tinha pra entrar, na reta final do campeonato. Não justifica o Coxa querer achar alguma irregularidade para se manter na primeira divisão. Torcedor tem sua paixão, mas também tem honra. Jamais vai querer que seu clube se beneficie ao prejudicar ao outro. O esporte é decido dentro das quatros linhas e lá que deve ser resolvido. 

Outro que me espanta ter essa atitude é o Vasco, que dentro de campo vem mostrando ser capaz de sair dessa zona de desconforto. Vem numa reação muito positiva e isso pode pegar mal também para os jogadores. Isso mancha o currículo deles, imaginem só ficarem conhecidos por não ter conseguido manter o time na primeira divisão e precisaram da ajuda do tapetão...

E pra piorar é o Fluminense, querer participar de um novo tapetão. Já não basta aquele de 2000, em que o clube das Laranjeiras foi automaticamente promovido da Série C para a Série A, sem passar pela B? Sem contar também o atestado da patrocinadora que faz loucuras e não conseguiu manter o atual campeão na primeira divisão.

Portuguesa e Criciúma talvez consigam se salvar dentro de campo, mas talvez sejam condenados fora dele. O fato de ter três clubes muito populares fazendo pressão para que o tapetão seja feito, pode causar efeitos. Não é o que queremos. Estamos em um ano especial. Um ano em que o Brasil resolveu sair para as ruas para protestar. Os jogadores reivindicam um calendário melhor para o futebol brasileiro. Retroceder a um tapetão levará a descredito toda a tentativa de moralização do futebol nacional.

Que se os clubes mereçam ser punidos, que sejam. Não por pressão de A, B ou C, mas sim por terem cometido realmente essa infração. Repito, nessa altura do campeonato, dá a impressão de desespero total dos dirigentes dos clubes envolvidos. 

Não queremos voltar aos anos em que o futebol brasileiro era formado por viradas de mesa. Acredito que com o rebaixamento de grandes clubes, esse mal do futebol não volte a nos atormentar
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domingo, 24 de novembro de 2013

INTERNACIONAL: Acaba logo 2013

Foto: Mauro Vieira


O ano que prometia títulos, está acabando com risco de rebaixamento. Esse é o 2013 do Internacional, um ano melancólico.
O ano de 2012 terminou com a zona de conforto. Jogadores acomodado, sem vontade de jogar. As promessas de 2013 eram melhores, talvez com Dunga, um cara de personalidade forte, o Inter poderia justificar o alto investimento.

O problema não é só no vestiário. Vem lá de cima. A direção não tem CULHÕES para colocar esses jogadores no seu devido lugar, os de funcionários do clube. Muitos desses que estão lá, já estão se achando donos do clube. O vestiário é mais importante que o torcedor. Não adianta pedir pro torcedor apoiar se o time não mostra indignação com os péssimos resultados. 

A declaração do Willians pode até ser caso de insubordinação, mas ele está coberto de razão. O Inter tem no banco de reservas Alan Patrick, Alex e Forlán. São três substituições que o técnico tem a fazer, mas ele opta por apenas uma, a do Alex. Todos sabem que o Alex veio do Mundo Árabe, não tem condições de jogar em alto nível, até porque lá não se treina, ou melhor treina-se muito pouco. 

Forlán está no Inter desde o ano passado. Não rendeu no final de 2012 porque veio de lesão e não jogava na Internazionale. Rendeu pouco e a desculpa era que ele não tinha a pré-temporada. Pois bem, em 2013, o uruguaio fez a pré-temporada, mas acaba não jogando.

O cara foi o melhor jogador da Copa. É um cara diferenciado, não pode ser banco no futebol brasileiro tão carente de bons jogadores. Isso não tem explicação! 
Além disso, Otávio pode até vir em um bom momento, mas não pode deixar o jogador do calibre de Forlán 90 minutos no banco de reservas.

Outro ponto é a omissão do presidente Giovanni Luigi. O time na situação que se encontra e ele NÃO aparece pra dar justificativas. Torcedor do Inter sonhou com um 2013 com títulos, principalmente pelo elenco. Os dirigentes dão declarações de conformismo, não de indignação, como era pra ser.
Um time do tamanho e do investimento do Inter não pode estar contente em escapar do Beira-Rio. A desculpa do Beira-Rio é um tiro no pé, pelo fato de um grande exemplo que estamos tendo em 2013, o Atlético-PR. Time está jogando longe de sua casa, está na vice-liderança do BR2013 e na final da Copa do Brasil. A desculpa da falta do Gigante não cabe mais.

Outros fatos que constatei no jogo, aliás não só eu, vários outros que acompanharam a partida. Ednei responsável pela bola parada. No Veranopolis, tudo bem, no INTERNACIONAL não!!! Um time com D'Alessandro, Alex e Forlán, o Ednei não pode ter prioridade nas cobranças de bola parada. O pior de tudo é que os caras tiveram uma semana pra treinar e não conseguiram acertar uma jogada. Enfim, é preocupante a situação do Internacional.

VEM LOGO 2014

Foto: Mauro Vieira

Pro ano de 2014, algumas mudanças precisam ser feitas. Se o Inter não tivesse na briga contra o rebaixamento, poderia começar já o PLANEJAMENTO para o próximo ano. Mas como precisa pontuar, o planejamento já vai ser atrasado. No ano de 2014 o calendário será apertado. Não vai ter tempo pra fazer testes, mas dúvido que o Inter abrirá mão do Estadual, como fez o Atlético-PR, pelo simples fato de que um ano com o Gauchão já é ruim, imagina sem. A preparação já começa assim.

Algumas contratações precisam ser feitas. Zagueiro é urgente, um goleiro também. Além  dos dois laterais, já que os jogadores que atuam no Inter, tem medo de chegar a linha de fundo. Um volante também será bem vindo. Talvez também um preparado físico será bem vindo.

Como o ano de 2014 o clube não disputará a Copa Libertadores, dá pra se planejar de uma forma correta. Mas tudo vai depender dessa direção, que ela não se omita no ano da volta do Beira-Rio.

Enfim, ACABA LOGO 2013!!!!
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quinta-feira, 14 de novembro de 2013

BOM SENSO FC: A melhor novela do futebol brasileiro



A 35a rodada do Campeonato Brasileiro marcou mais um capítulo do Bom Senso FC. Os jogadores, dias atrás se reuniram com a CBF e não obtiveram respostas satifatórias para as sua reivindicações. Como protesto, resolveram cruzar os braços durante o primeiro minuto de bola rolando em todas as partidas. Em grande parte dos jogos isso aconteceu. No jogo entre São Paulo FC x CR Flamengo, no Estádio Novelli Jr, o "árbitro" Alício Pena Junior, acatando ordens da CBF, prometeu aplicar cartão amarelo a todos os jogadores que aderissem o protesto. 

Comandados por Rogério Ceni, os jogadores tiveram a melhor idea possível. Ficar tocando a bola de um lado para o outro sem se atacar durante esse primeiro minuto de bola rolando. Feito isso, ao intervalo da partida os jogadores falaram a imprensa sobre esse movimento e também a atitude intenpestiva da CBF em mandar punir os atletas por aderirem ao protesto.

Pelo que entendi até agora, os jogadores reivindicam melhorias no calendário do futebol brasileiro. Com 30 dias de férias, maior tempo de pré-temporada, reponsabilidade financeira dos clubes entre outros. 

O Campeonato Brasileiro acaba nas primeiras semanas de dezembro. 30 dias de férias para os jogadores que retornam na primeira semana de janeiro. Só que, em menos de duas semanas, já tem jogo oficial pelo campeonato estadual. Muitos desses campeonatos, tem mais de 20 datas, o que dá quase três meses de disputa pra saber que no final sempre vão estar os grandes do Estado. Mas parece que quem comanda o futebol brasileiro não está disposto a negociar com esse movimento. Só porque pagam, tem o direito de exigir, ou melhor, mandar e desmandar.

Nesse ano, tivemos um bom exemplo que foi o Atlético Paranaense, que largou o estadual, foi se preparar para a maratona de jogos que o ano de 2013 tinha pela frente. Hoje, briga em duas frentes, Copa do Brasil e Brasileirão. Um time que veio da segunda divisão, vai fazendo uma grande temporada. Claro, que também um dos motivos para isso ter acontecido foi o Atlético não ter se acertado com a Globo na questão financeira pelos direitos do estadual. 

Mas se todos os clubes tivessem esse tempo de preparação, talvez não teríamos um Campeão Brasileiro no intervalo do seu jogo. Times melhores preparados, com possibilidades de chegar ao título. O campeonato ficaria mais emocionante do que foi nessa temporada.

O problema é de quem manda não está disposto a ouvir os protestos dos jogadores. O presidente da Federação Pernambucana disse que o problema era o contrato dos clubes. Segundo ele, os contratos empregatícios deveriam ser revistos com clausulas com menos jogos durante o mês. 

Com o inchaço do calendário, é impossivel parar o campeonato para a Data/FIFA. A Seleção Brasileira não pode convocar mais jogaores nacionais porque não quer prejudicar os clubes com vários desfalques. Mas, se menos jogos, menos datas fossem utilizadas poderíamos ter essa paralização, que até ajudaria aos clubes recuperar seus bons jogadores.


O grande exemplo desse problema são os jogadores de mais idade. Seedorf, Alex entre outros pregaram no segundo semestre devido aos alto número de jogos aoo longo da temporada. Não conseguiram descansar para a maratona de jogos e também a parte masi decisiva da temporada, a parte final. O campeonato se afunilou e apenas o Cruzeiro sobrou na questão fisica e técnica. 

Os clubes também são muito prejudicados, mas como todos tem o rabo preso com a CBF, fica complicado de bater de frente com a CBF e com a Rede Globo.

Os clubes perdem muito dinheiro sem seus grandes jogadores. Imaginem se agora, o Seedorf tivesse apenas  30 jogos no ano? Poderia render muito mais ao Botafogo. Quando o Coritiba esteve no seu melhor momento da temporada, teve Alex saudável durante esse periodo. Mas o acumulo de lesões acabaram com a sequência e o bom momento do time. Será que essa omissão dos clubes é vantajosa? Não tem tempo pra treinar, pra entrosar o time, pra dar ritmo de jogo.

Não há tempo pra nada, tudo porque tem que se fazer aquilo que a Rede Globo quer. Ontem tivemos o grande exemplo da idiotice que é esse Campeonato. Talvez, com menos datas, o Campeão Brasileiro fosse conhecido em um domingo, com estádio cheio, com transmissão para todo Brasil.
Mas não, Cruzeiro entrou em campo pro segundo tempo com o título já garantido. Talvez os inteligentes que organizam o campeonato não tenham percebido isso.

A justificativa dos Estaduais é para ajudar os pequenos. Isso é uma grande mentira. Os pequenos recebem dinheiro de esmola. Não conseguem montar estruturas, não conseguem contratar os grandes jogadores porque o dinheiro é curto e precisa ser esticado por todo ano. Os clubes pequenos recorrem a bilheteria e assaltam o bolso do torcedor, com ingressos caros para jogos de menos importancia. Temos vários exemplos: aqui no Rio Grande do Sul, temos vários clubes de 1 semestre só. O FC Santa Cruz é um exemplo desses. A cidade tem apenas 5 meses de futebol, depois não há mais nada. Apenas, viajar até Porto Alegre e acompanhar a dupla Gre-Nal. É justo? Não! 

Temos vários jogadores que peregrinam o interior em busca de clubes para poder ter sálario todo ano. Muitos clubes optam por não jogar o segundo semestre para não se individar. Certo, mas e o torcedor como fica? 

As reivindicações são simples, legitimas! Ta na hora de se tomar uma atitude. Sempre buscando o melhor, para todos, não apenas para a elite. 

Aguardemos cenas dos novos capitulos da novel BOM SENSE FC que está boa demais....
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segunda-feira, 4 de novembro de 2013

A difícil missão do Grêmio: Não jogar por apenas uma bola

Com Renato Portaluppi, o Grêmio subiu na tabela do Brasileirão. Se consolidou dentro do G-4 como um dos times mais eficientes do Brasilerão, claro exceção é o Cruzeiro que está patrolando todo mundo.
Mas e quando esse eficiência não vem, quando jogar só por uma bola não resolve?

É a situação do tricolor neste confronto contra o Atlético pela Copa do Brasil. Jogar por uma bola não basta, precisa de algo mais. Será que o Grêmio tem esse algo mais pra oferecer? Será que o tricolor terá uma carta na manga para superar o Atlético?

Até aqui, no comando de Renato, vemos o Grêmio sofrendo poucos gols, exceção do jogo contra o Coritiba, mas também fazendo poucos gols. A eficiência do time não está sendo a mesma da arrancada do trabalho do eterno camisa 7.

O pior de tudo, é que o tricolor parece não ter uma alternativa para mudar e surpreender seus adversários. O esquema com 3 zagueiros e 3 volantes deu certo, principalmente fora de casa. Mas dentro da Arena, vimos, em vários jogos, esse esquema ser inoperante. Aí que entra jogar por uma bola. Todo trancado e sem criatividade, o Grêmio apostou numa defesa sólida e especular na la frente, e quando tiver a chance, não disperdiçar.

Em vários jogos isso aconteceu. Mas nesse jogo de quarta-feira, uma bola não será suficiente. Precisara de algo mais, muito mais, contra um Atlético muito bem montado por Mancini. Um time rápido e que cria bastante chances de gol, por vezes, o técnico do furacão escala o time com apenas um volante pegador. De resto, jogadores que sabem jogar.

Zé Roberto entrou em desgraça com Renato. De extrema importância no time de Luxemburgo, a apenas uma opção de Portaluppi no banco de reservas. Além disso, Elano é um jogador que não se pode contar durante os 90 minutos, já que suas condições físicas não são as melhores.

E pra piorar, o ataque não funciona. Barcos marca um gol a cada dez jogos. Kleber, por vezes deixa de fazer um gol para reclamar de um lance e Vargas, principalmente, deixou sua principal caracteristica de lado, aquela que vimos na U campeã da Copa Sul-Americana. Vargas era um jogador incisivo e driblador, com o faro de gol apurado. Nesse time do Grêmio é apenas um peão, que ajuda a marcar e quem sabe, vai em busca do gol.


Na frieza dos números, deu certo este estilo de jogo, mas agora já esta muito manjado. Precisa agora o técnico buscar uma alternativa para um jogo muito próximo. Será que irá conseguir? A história do Grêmio é de muita superação, mas creio que neste caso, vai precisar jogar muito.
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